Um dia eu juro que explico pra vocês quantos eu sou. Quantos caminhos eu percorri. Quantos instantes houveram por trás do poema. É trajetória e linhagem, diálogo com todos os infinitos que acompanham, movimento e mutação, danças sagradas à lua, mergulho de cabeça no fluxo. Isso que está além e ainda assim sou parte. O contrário do vazio, o todo interligado. Aonde se buscam as palavras e aonde moram todas as coisas que nunca serão escritas. Um dia eu juro que te explico todos os meus nomes, aqueles pelos quais me conhecem e os outros que nem eu conheço. Um dia, vou achar o meu próprio nome. O que é só meu. Há coisas que se escondem nos espaços entre as estrelas e há coisas que sobrevivem no vão entre as pessoas. Coisas que tem que ser combatidas. Coisas que tem que ser derrubadas. Minha luta é pelo fim do segredo. Pelo fim do sussurro. Pela celebração desse agora. É tudo ligado e é tudo a mesma coisa. Tudo agora, amanhãs são mentira. Não vai dar nunca pra te explicar o que quer dizer tempestade ou o branco luminoso. Se você não for empata, vai ser difícil entender o brilho pro trás desses olhares. Há muito além do poema e disso tudo que está por aqui. Me volto pra dentro e olho mais fundo. Um dia eu te explico o porquê do poema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário